terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mão vazia...Cheia de silêncios...


Enganou-se por certo,
Quem disse que o silêncio é de ouro!
O teu silêncio…

O teu silêncio, que me é dado a beber,
Em pequenas ampolas de nada…
Revestidas de distância,
Da cor da noite,
Em que em vão te espero…
O teu silêncio…

O teu silêncio são ampolas amargas,
Cheias de vazios,
Que sabem a fel…
No teu silêncio…

No teu silêncio tenho os olhos cansados…
De olhar o infinito em busca de ti…
Nas sombras do teu silêncio…

Nas sombras do teu silêncio, vejo miragens…
Neste deserto sem fim…
Onde já não luto…
Para sair destas areias movediças que me engolem…
No deserto do teu silêncio…

Ah, no deserto do teu silêncio, onde quase vi um oásis…
E sonhei apenas em ser tua odalisca…
Sofro…
E para enganar a dor…
Tomo uma mão cheia de ampolas do teu remédio…
Esse silêncio que me há-de curar, lentamente…
Matando-me…

Eliminando-me...
Em silêncio...

2 comentários:

  1. *
    um belo post !
    ,
    elimino o silencio
    e mato a dor
    enganando a ilusão
    miragem de mim
    sem fim .
    ,
    conchinhas deixo,
    ,
    *

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  2. A vida está cheia destes silêncios, destes vazios, de tantos enganos, prisões, grilhões... minha querida amiga, Carmen!
    Não percas ainda a esperança e sobretudo a coragem para procurar sempre a luz.

    Adorei o poema e as ilustrações,ficou-me contudo, um travo estranhamente triste no palato.

    Beijinhos amiga.

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