quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Silêncio (con)sentido...


Falta-me tempo
Neste espaço apertado
E as reticências
Com que pintamos o vazio
Desprendem-se como folhas de Outubro
Num Outono sem palavras
As árvores nuas
Tão despidas como eu
Não sentem frio!
Apenas eu sinto o amontoar de silêncios
Em silêncio consentido
Neste espaço apertado
Onde falta o tempo


Palavras e fotos

FlorAlpina

Reservados os direitos de autor
Plágio além de feio, é punido por lei!

sábado, 19 de novembro de 2011

Licença Poética [Duetos Lomelinos]


Um livro único, escrito a várias mãos! No qual tive o grato prazer de também participar!








Na página 13

Carmen Ferreira/Emanuel Lomelino


"Que importa"
Que importa onde nascem as palavras?
Num castelo encanto
ou num vão de escada
se a folha branca que lhes faz de berço
só tem forma de poesia
depois de pintada com as lágrimas negras do poeta
ou com a dor vermelha nos dedos
gotejando sentimentos
por não saber escrever
palavras redondas
e grávidas de medos
soltam gemidos de esperança
enquanto esperam por esse berço
nesta mente,
Folha solta que balança!
Que importa onde nascem as palavras?



Se nem o silêncio de mil mordaças
lhes rouba a expressão ou sentido
e nem o ruído ensurdecedor
consegue secar a nascente que lhes dá vida.
Mesmo vogando por caminhos pedregosos
rumo à foz do seu destino
cada palavra fulge extasiada
dando vida à sua própria vida
renovando-se a cada sílaba
a cada tempo ou compasso
mostrando a essência de quem a pensou
escondendo o âmago de quem a escreveu
oferecendo saber a quem a lê
enriquecendo quem a diz.
Que importa onde nascem as palavras?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

E depois foi assim...

Quando menos se espera, as coisas acontecem!

Vejam tudo aqui! http://naquintadorau.blogspot.com/2011/11/as-sextas-na-quinta-com-os-amigos.html


E aqui!https://picasaweb.google.com/107298995494531229674/ChaComLetrasRecebeuCarmenFerreira#


E aqui!
http://www.biblioteca.cm-vncerveira.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=654:comunidade

Obrigado Ná, Ferreira, Dra. Teresa, Dra. Maria José Areal, César, Rafael, e a todos os que me acarinharam neste dia maravilhoso!





quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A páginas tantas...(25)

...(da página 25 do meu livro "nasci com 35 anos")


Oh! Amigo banco de jardim
Do jardim florido proibido que inventei para mim
Num mundo meu tão secreto
Que de modo algum quero em aberto
Quando sinto que se torna longe o perto
Transparente ser, sem essência me sinto,
Carrego encoberto um fardo pesado doloroso
Que transporto em permanente silêncio não minto
Envolto em angústia ânsia e mistério
Tomando minha identidade, fardo malvado e poderoso
Sofro em silêncio, sou inocente, e as culpas que não tenho, eu as admito.
Já nem sei o que penso, já não sei o que digo
Invento verdades por necessidade e omito esmorecida evidentes grosseiras mentiras.
Oh mundo bravio que de sentimentos me esvaías
Médica de mim própria anestesiara o coração, fechei os olhos para não ver, hibernei, ou adormeci só para não sentir dor, por não querer ser, e não gostar de ser, o ser que sou, um SER apático que finge apenas viver.
Estranho ser, que não sabe ser, ou se sabe ser, não sabe ser o quer e sonha ser...e luta sem vencer ao querer ser o ser que sonha...