quarta-feira, 30 de março de 2011

...Um novo amanhecer...

No cume da montanha onde subi, o céu parecia mais perto! E a vista era dislumbrante! Mas é na encosta junto ao lago (que me faz lembrar o mar) que vagueiam agora meus passos, trémulos de esperança... Em busca de um chão seguro, sinto debaixo dos pés a relva fresca das gotas de orvalho, onde cintila já um novo amanhecer...
Palavras da FlorAlpina

(ainda no hospital, mas em franca recuperação)

sábado, 26 de março de 2011

Escorrem ainda frescas as dores...

Escreveu com o olhar os seus pensamentos, nas paredes brancas do quarto escuro.
quando pela manhã abriu de novo os olhos, e quis recolher as palavras, era tarde demais!
Tinham pintado com morfina o tecto, e escorrem ainda frescas as dores nos seus dedos...

Palavras da FlorAlpina,
(sem imagens possiveis por me encontrar internada desde o dia 22...
a recuperar lentamente)

quarta-feira, 16 de março de 2011

O tempo fez xeque-mate!

Pousei devagar no tabuleiro de xadrez há muito vazio,
As palavras que guardava numa mão-cheia encostadas ao peito
Tentei posiciona-las nas posições mais certeiras.
O tempo fez xeque-mate!
E eu perdi…


Palavras FlorAlpina
Fotos do Jorge marido da Flor

terça-feira, 8 de março de 2011

Mas também me chamo MULHER!


Uma esperança vestida de pedra
Que o tempo traga de volta
O vento que secou o sorriso
E endureceu o coração
Dissolva a ardósia que se formou
Movendo os ponteiros da erosão
Arrastando as lajes pesadas
E o musgo dos dias que me cobre a pele
Leve-me o cheiro da saudade
Ensurdece-me o som da distância
Enquanto calo o grito com a mão húmida de desejos...

Eu já não sei o que sou
Quando à noite reúno todas as que fui
Arrastando-me num só dia
Onde o meu eu cansado se divide nas palavras
Misturando-se nas migalhas de sombras
Apertando na minha mão pequenina
Fragmento de um medo gigante
Invento-me num corpo de menina
Porque o que sinto não tem nome
Mas também me chamo MULHER!


(Palavras FlorAlpina
Foto Jorge marido da Flor)

sábado, 5 de março de 2011

Rendo-me devagar

No rio seco de silêncio
Conquistam-me
As palavras em murmúrio
Entrementes escorre o tempo
E rendo-me devagar
Sentada nas margens da poesia

Foto e Palavras
FlorAlpina