sábado, 23 de julho de 2011

Pudesse voltar atrás...



Pudesse voltar atrás…
Não havia o (imenso) antes
Não havia o (breve) durante
Nem o (vazio) depois!

Aprendi que afinal nada sabia…
Aprendi que não devia ter tentado
Aprendi que ser humilde não vale de nada…
Compreendi, que quando se aprende com os erros é sempre tarde demais!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cortei as asas...

Cortei as asas ao pássaro
Que cantava dentro duma gaiola
Presa no meu peito
No parapeito do silêncio
Ameaçava voar para longe
Em resposta ao ritmo lento do meu ouvido
Com as penas escrevo o movimento confuso dos sons
Escuto os ecos fragmentados de branco
Dos voos que fiz por entre o labirinto das palavras
Sentindo em cada centelha
O peso de sombras rasantes
Arrepia-se o poema nu a cada toque dos meus dedos
Enquanto o pássaro rastejante para meu castigo algema a minha sede
À cor ardente de uma nova melodia!



Palavras e foto FlorAlpina

Reservados os direitos de autor!

Plágio além de feio, é punido por lei!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na breve espiral dos sonhos...

Diz-me, o que vês no vazio de mim?
O som de um búzio desabitado
A poesia incompleta
Num sopro de vento
Ou numa brisa de mar
Que nunca se misturam
Apenas tentam desaparecer na praia inteira
Como se o céu fosse cúmplice das carícias por dar
Pois consente parar de repente e sentir o respirar dos poemas
Na asfixiante folha do tempo controlador que amolga a inspiração
No interior de nós apenas o silêncio das palavras
A esperança vã esfuma-se como o cigarro que arde nos dedos de quem não sabe ler os prazeres nas entrelinhas do poema
A transparência dos suspiros faz sombra nas escadas que subo todos os dias
Na esquina da vontade subtil que te cruzes comigo enquanto sobes ao farol apagado para mudar a cor do mar
Tropeço em ondas ocupadas por outras gaivotas
Areias gargalham um som que não entendo
Avisando num piscar de sentimentos
Que o faroleiro acende reticências sensuais
Nunca verdes
Intermitentes desejos
Contornam os abismos
Com a intensidade
De quem escapa ao Estio dos dias
Na breve espiral dos sonhos...







Palavras e foto Carmen Ferreira(FlorAlpina)
Reservados os direitos de autor!
Plágio além de feio, é punido por lei!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

...Extensão de mim






Uso a caneta como extensão de mim
E as palavras pontes para chegar a ti
Que se perdem num leito de ausência
Sem direcção no rio distante que secou
Ficaram as saudades barrentas
E as palavras agora poeira que o vento levanta
Tantas vezes escritas num paradigma de loucura
Que quero só minha

E como extensão de mim
As palavras não nos farão sentir
Não me levarão até ti
Não te trarão até mim…
Mas não consigo deixar de escrever






Palavras e foto Carmen Ferreira(FlorAlpina)
Reservados os Direitos de Autor!
Plágio além de feio, é punido por lei!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Como prometi...

Cá estou eu a colocar algumas fotos...
Que retratam um pouco das emoções que foram vividas aqui...na Livraria LusoLivro em Zurich No número 213 da Hohlstrasse Alguns dos Amigos, que estão sempre presentes! Nos momentos menos bons e nos momentos felizes como este...Um Obrigado muito especial à professora Manuela Miranda, proprietária da livraria!
Que neste momento falava dos projectos para o seu novo local, e dava as boas vindas aos presentes, dando assim o "pontapé" de saida para o evento,



Em boa companhia! À minha direita uma grande Mulher e amiga, a Poetisa Ana Casanova que me apresentou assim como ao meu livro, à minha esquerda o Poeta Emanuel Lomelino, que além de amigo falou também em nome da Editora Temas Originais.


(Transcrevo só um pouco do que o Emanuel disse:)

Boa tarde a todos!
Em primeiro lugar eu quero dizer, que quando se pôs a possibilidade de eu estar aqui, ao lado da Carmen, era simplesmente como qualquer um de vocês, como amigo da Carmen, entretanto por influência da poetisa Ana Casanova, uma amiga comum, falaram com o editor e deram-me a responsabilidade de vir aqui representar a editora, que é comum aos três.
Então o meu papel é o mais fácil aqui na mesa, que falar um bocadinho da editora, que é uma editora que tem pouco mais de dois anos, faz uma aposta bastante grande em novos autores, como o editor é também um poeta consagrado em Portugal, inclusive ganhou o último prémio Bocage em Setúbal, ele sabe as dificuldades que cada um dos autores tem em conseguir colocar as obras no mercado. Porque em Portugal passa-se um fenómeno bastante interessante que é, por mês são editados cerca de 15 mil títulos, ou seja num país que se diz que ninguém lê, são muitos títulos!
Este livro da Carmen Ferreira, é um livro que eu não sei quando é que ela está a pensar editar outro (risos) mas não é isso que nos interessa agora! Este é um livro que tem um universo, de cerca de 15 mil títulos á volta dele (…)
…Esta é uma primeira incursão fora de Portugal! Pelas circunstâncias que todos conhecemos. Porque a Carmen reside aqui na Suíça, seria lógico fazer a apresentação do livro da Carmen, aqui junto das pessoas que tal como ela estão cá imigradas. E que para além da obra em si, tem o acrescento de ser em língua portuguesa, que sei que vocês porque estão cá imigrados, sentem um pouco mais, se calhar que nós mesmos a nossa própria língua, a língua portuguesa! Porque nós, (residentes em Portugal) o dia-a-dia é conviver só com portugueses, e não temos que traduzir o que pretendemos para uma outra língua, se calhar esquecemos até um bocadinho que somos portugueses. E vocês enquanto residentes noutro país notamos que têm muito mais enraizada essa situação de “ser português” (…) A Temas Originais é uma editora que aposta nas primeiras obras. Faz um acompanhamento junto dos autores, e é intenção da Temas sendo uma editora nova, uma editora pequena, crescer junto com os autores, e se houver um autor que cresça, que dê passos maiores, a editora está sempre associada e tenta acompanhar o processo do autor! Neste caso delegaram-me a mim acompanhar a Carmen e a sua obra! (…)
…Sobre a editora é tudo o que tenho a dizer agora. (…) Sobre a Carmen como amiga tenho a acrescentar que desse por onde desse, fosse aqui fosse em Portugal, fosse onde ela estivesse, eu tinha-lhe prometido que iria estar com ela neste dia! (…) Agradeço a vocês todos amigos da Carmen, o estarem aqui hoje com ela a partilhar este momento! Acreditem que para quem edita um livro, este é um momento tremendamente importante! (…)
Para vos falar da obra propriamente, passo a palavra à poetisa Ana Casanova…

(A Ana com a boa disposição e força que sempre a acompanha fazendo dela a Mulher que muito admiro disse:)

"Foi com muito agrado e alguma surpresa que recebi o convite da Carmen para a apresentar aqui em Zurique na Livraria LusoLivro.

Respondi prontamente a este "desafio" já que é a primeira vez que faço a apresentação de um autor e da obra, não só por esse factor mas também e principalmente pelo prazer que o mesmo constitui.

Admiro a Mulher e Autora que conhecia já da partilha que faziamos da nossa escrita no mundo dos blogues.

Falar da Carmen, é falar de uma Mulher que considero como ser humano muito especial pelos valores morais que lhe reconheço.

Honra, Amizade, Amor, Lealdade,fluem nas palavras desta Mulher/Autora que se expressa através da escrita quer em prosa quer em poesia.

É esta Mulher, Empreendedora, Sonhadora, Batalhadora que aqui vos apresento hoje!

A Mulher que luta e prossegue, perseguindo o seu sonho maior que é o fazer "ouvir-se" enquanto escreve.

É pois desta forma, que me orgulho de estar ao seu lado como amiga e leitora, assistindo ao seu "nascimento" literário.

Porque sei que a Carmen gostará, passo a ler o prefácio que escrevi para o seu livro.


(Prefácio)

NASCI COM 35 ANOS
Porque a vida nos reserva surpresas a cada passo, foi com agrado que descobri nesta obra a Mulher/Autora, Carmen Ferreira,
Mas revi também a vida, pensar e existir de tantas mulheres, como leitora.
Em “Nasci com 35 Anos”, encontrei a Mulher/Mãe/Amiga/Companheira mas a mulher que sabe que tem mais para dar, que se questiona e tem sonhos, que quer tornar reais.
A escrita é a forma como Carmen se liberta e revela, sendo o refúgio mas também o ponto de partida para a mudança e viragem que pretende dar na sua vida.
Através das palavras que usa de variadas formas, unindo-as ao seu jeito em prosa ou poesia, contando histórias belas e cativantes mas sempre com mensagens onde se denota a sua personalidade, sentir e valores, em que acredita e que quer fazer valer,
Desnuda-se e recria-se.
É da mesma forma que muitas vezes nos fala de um mundo real onde com pureza e sinceridade diz o que sente mas que sabe que apesar dos cuidados que tem com os outros, os fere exactamente com a Verdade!
A autora assume com gosto que é com as palavras escritas que gosta de se expressar, porque sente nisso um enorme prazer e chega a apelidar esse acto de quase “orgástico”
É fascinante a forma como nos revela, desabafos, liberta dores, desencantos, frustrações mas também o amor, paixão, sonhos e a enorme vontade de dar asas à imaginação, unindo forças e fragilidades.

A sua vontade, essa é independente!

Como disse Henry David Thoreau, “Se já construi castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora dê-lhes alicerces.

É da mesma forma e com uma certeza que ficamos ao ler esta obra, que recomendo:
A partir de agora, nada será como dantes.

(Ana Casanova)


E os momentos de emoções e nervosismos aconteceram naturalmente!

E a Ana tinha razão..."a partir de agora nada é como dantes"...

Como disse e repito...Gosto mais das palavras escritas que faladas!



E alguns dos meus livros...noutras mãos...depois de um convivio muito agradável!

E é sempre nas nossas mãos que o sonho se aconchega!
Só depende de nós dar-lhe asas e deixa-lo voar!