segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

EU_Simplesmente...


Desejo a todos/as que me lêem..
Um
Feliz Natal
E
Bom Ano 2011
...............................................................................................

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Noite e dia...

Nessa noite, não existia brilho…
Porque o manto imenso, apertado e branco que cobria a escuridão, não deixava acariciar com o olhar as estrelas… o céu vertia flocos cor de algodão…
E o ruído reluzente nos telhados de zinco era longo demais…
Não são namoros de gatos, em luares de Janeiros…
É o estrondo do silêncio!
Num silêncio esbelto!
Só silêncio!
A figura obscura do outro lado de lá…
Esbate no portão que adormece fechado…
Encantado pelas ondas de silêncio…
Saindo de mão dada com a amante fantasia…
Por entre as frinchas do portão que nem fechado tranca a imaginação…



Esconde-se na esquina de mais um dia, a noite!
Nas sombras de um céu aberto…
Vestido de gala vem o dia…
Comungando hóstias de faz-de-conta…
Beatas!
As ruas…
Traiçoeiras!
Armadilhadas de beleza…
Onde tropeçam os meus pensamentos…
Nas palavras congeladas dentro de mim…
Resvalando em labirintos de poesia…
Noite e dia…
(Fotos e Palavras FlorAlpina)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ecoa um nome...

Ecoa um nome...

Soletrado com a boca trémula dos dedos…
Ao ouvido surdo da pele…
Num grito de carícias…
Conquistando cada centímetro de folha branca…
Devagar…
Os lábios decifram o silêncio…
Momentos sincronizados…
Dos (a)braços…
Rascunhos ténues…recuperados…
Protegidos num punhado de sentimentos…

Comparados às notas ofegantes de uma canção
Entoam ao universo a poesia intrínseca de um nome…
Trespassando de silêncio…
Melodias…
Acordando desejos remotos…
Simetria de sombras num deserto de olhares…
O vento sopra vontades…
E numa rajada de saudade…
Ecoa um nome…
Fazendo ricochete no rochedo do tempo…

Texto FlorAlpina

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Sol amanhece azul...


Acende-se o candelabro de mais um dia...
O sol amanhece azul...
Vestido de branco...
Desinfectando as entranhas da escuridão…
O vento tenta arrancar as retinas fixas, algures no horizonte...
O poeta crê nas imagens audíveis…
Ignora o silêncio recluso que traz preso a si como grilhões de insónias que arrasta madrugada dentro…
Alimentando com uma côdea seca de esperança, a força eremita que habita para lá do sol-posto…
À revelia de crenças questionáveis dos sábios…bebe os momentos que vagueiam na mente, numa sede insaciável de anseios intocáveis…
Antes que o pensamento insano derreta a beleza…
As sombras odaliscas do tempo sacodem-se na dança do ventre às nuvens esbranquiçadas…
Enfeitando o céu branco/anil com jóias de faz-de-conta, num gesto de afago intemporal…
O poeta crê nas imagens audíveis que lhes sussurram aos olhos as gotas raras de felicidade…
Saboreia o ar rarefeito antes que o rastilho de dúvidas se incendeie, e o barril de problemas ecluda dentro de si…
Escorrega na realidade, deixa cair os olhos ao chão, desvia-se deles para não os pisar e deixa tudo como está…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Anel de frio...


O frio sopra na brancura…
De um quadro nocturno…
Oferecendo aparências que se colam ao vazio…
Afagando com um manto branco, a noite…
Rendilhadas pérolas a cintilar…
Dissipam-se na gélida cumplicidade…
Doando-se à beleza do olhar…
Fazem-me estremecer num arrepio…
Carícias abstractas apoderam-se do corpo…
Abraçando-me…
E sinto em torno de mim…
O brilho falso…
De um apertado anel de frio...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1 Ano depois...

Começo por pedir desculpas a quem entretanto me prendou com mimos selos e prémios, e eu por motivos pessoais que me levaram a estar um pouco mais ausente da blogosfera, não os pode agradecer convenientemente e ou coloca-los aqui! Espero que não se sintam menos queridos por mim…mas a vida real às vezes de tão madrasta que é, obriga-nos a desligar de muitas coisas que nos dão prazer, como dar continuidade a projectos, a sonhos... ou simplesmente visitar os blogues das pessoas que carinhosamente me seguem e das quais tenho sentido um carinho inexplicável. Uma força que mesmo virtual me impulsiona a seguir em frente!
Sinto nas palavras amáveis com que comentam os meus rascunhos (desabafos) e tão afectuosamente chamam de poemas uma energia que me revigora de cada vez que os leio!
Algumas pessoas eu posso retribuir, passando nas vossas casas virtuais e enriquecendo-me pessoalmente com as vossas vivências as vossas poesias as vossas obras de diferentes artes, ou “viajando” com vocês, já no regresso das vossas viagens de sonho, quando partilham connosco tão belos lugares!
Há ainda outras pessoas não menos especiais (presumo) que comentam e eu não tenho como agradecer, por serem anónimos…
Existem outros/as que eu sei que me lêem, visitam o meu cantinho mas por falta de argumentos ou coragem não deixam “rasto”…
Respeito todos por igual e agradeço, porque realmente sem vocês todos não fazia tanto sentido continuar!

E a minha montanha seria então um deserto…

1 Ano depois…
71 Seguidores!
1 Ano depois…
153 Textos
1 Ano depois…
1222 Comentários!
1 Ano depois…
3195 Visitas (+/-)

Há um ano atrás nascia assim um blogue!
Aqui onde eu...me (des)encontro...

Aqui onde o tempo não pára…
Aqui onde o sol não brilha…
Aqui onde não ouço o mar…
Aqui onde as árvores já estão nuas…
Aqui onde a macabra mentira vence…
Aqui onde o certo se confunde com o errado…
Aqui onde não é livre a liberdade...
Mas…


Mas...
É aqui que existe um espelho ébrio…
E me diz que sou mutável como a lua…
E que eu não sou eu afinal…
Não sou esta que o espelho mostra…
Essa é a outra, cobarde e intrusa…
Que me esconde atrás dela…
Irrompem de seus lábios trémulos…
Palavras minhas…
Que escondem por medo, sentimentos dormentes…