segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Esculpindo prazer nas nuvens...

 

 
Nas abóbodas do meu firmamento
Aperfeiçoo todos os devaneios
Polindo arestas supérfluas
Manejando entre dedos ávidos
A lâmina cinzenta dos dias
Esculpindo prazer nas nuvens
Saboreando no sorriso
O sabor a mar com que afago a distância…

terça-feira, 2 de outubro de 2012

É como se de repente

É como se de repente
As palavras tivessem migrado
Para outras mentes
Paragens mais quentes
Onde o guardião das palavras
Sempre atento às sombras
Fizesse deslizar no mar de silêncio
Todos os poemas por desaguar,
Por escrever…
Contando os barcos de papel formato A4
Enquanto adormecem pedaços de mim
Sobre qualquer letra
Esperando a maré certa
E o nascer do sol para acordar o poeta
Descobrir que a musa não era mais
Que a falésia de onde partiam as saudades
No desejado voo de todas as poesias ausentes!