segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tarde de mais...Talvez...


Arregalei os olhos brilhantes,
Atingiu-me,
Um relâmpago de espanto e dor,
Desfaleci por instantes
Esvaziou-se todo o meu interior!
Giram meus pensamentos incrédulos,
Amarga agonia profunda em mim.
Sinto-me cair no frio cinzento destes sepulcros,
Ao desflorares certeiro, mortífero espadachim!
Acertaste-me em cheio no peito...

Mataste-me!

Com a espada da verdade,
Era esse o pretendido efeito.

Enganaste-me!

Não conhecia em ti tal maldade...
Nua e crua essa verdade fatal,
Senti o gélido gume penetrar-me o coração...
O que sou eu? Ou o que foi para ti afinal?
Apenas mais uma vítima, e tu o implacável vilão!
Nesta breve história inacabada,
Onde foste quase tudo para mim!
E eu para ti, talvez o nada,
Mesmo que o nada fosse, não merecia este fim…
Pairam sobre meu ser moribundo,
Pedaços dos sonhos que quebraste...
Guarda em ti meu último suspiro profundo,
Neste iceberg em que te transformaste...

Elevo-me agora aos céus!
Aceno-te adeus com um olhar terno...
Já não ouço o arrependimento dos gritos teus:
_ Desculpa-me!
_Amor, perdoa-me...
_Se te disse que não acredito no amor eterno!

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