terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Doce..veneno...



Observas-me mostrando olhares inquietos…
Desvio-me de teu desejo infame…
Persegues-me em atalhos secretos…
Sinto o coração aflito que brame…

Sinto o vil sopro da tua cobiça…
Nesta distância que se encolhe
Ganhas terreno nessa caçada
Neste hostil e obscuro bosque

Abalo já sem fôlego, para te escapar
Insinuas virilidade comigo na mira
Enrolas-te a mes pés no teu rastejar
Roubas-me movimentos, soltas tua ira

Prendes-me vontades
Atiras-me um malicioso olhar
De cada poro teu exalas maldades
Abocanhas-me sem me largar

Desisto de lutar agrilhoada
Pelo teu corpo de serpente
Abandono-me a ti, calada
Engolindo teu veneno lentamente...






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