terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Aqui onde eu...me (des)encontro...


Aqui onde o tempo não pára…
Aqui onde o sol não brilha…
Aqui onde não ouço o mar…
Aqui onde as árvores já estão nuas…
Aqui onde a macabra mentira vence…
Aqui onde o certo se confunde com o errado…
Aqui onde não é livre a liberdade...
Mas…
Mas...
É aqui que existe um espelho ébrio…
E me diz que sou mutável como a lua…
E que eu não sou eu afinal…
Não sou esta que o espelho mostra…
Essa é a outra, cobarde e intrusa…
Que me esconde atrás dela…
Irrompem de seus lábios trémulos…
Palavras minhas…
Que escondem por medo, sentimentos dormentes…

1 comentário:

  1. Querida Carmen, um belo poema apesar do (des)encontro e do desencanto. Pessoas com tamanha sensibilidade geralmente sentem-se fora deste mundo, tão frio, impessoal e calculista em que vivemos. Para mim tu és uma pessoa assim, muito especial!
    Um beijo com muita amizade e admiração.

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