segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

(In)Discreta...Lua...


No espaço indefinido...
Sou a vítima escolhida...
As nuvens negras riem-se de mim...
Guardo na minha mão vazia...
A tua sombra lapidada...
Despudorada...
Apresentas-te nua...
Oculta na escuridão do cosmos...
Decantei-te...
Nas asas da poesia...
Ópio das noites...
Esperava-te e tu não vinhas...
Disperso-me nos esconderijos da escrita...
No penhasco do infinito...
Auge longínquo de onde me convidas...
Atravesso fronteiras invisíveis...
Voo em direcção a ti...
No rasto de uma estrela cadente...
A claridade me reflecte...
Cavalgo os verbos indizíveis...
E sonho...
Efémero sonho...
Clausura de memórias...
Escarlate resguardo de fantasia...
Fugaz o esgar milenar...
Com que me contemplas...
Na terra do nunca…
Galopas a escuridão...
Alteras-te em fases...
O quanto significa...
Os momentos que me olhas...
Á noite,
Vens espreitar-me,
No desabitado do meu ser...
No céu...
Azul celeste...
Palco celestial...
Musa inspiradora...
Na tela da incerteza...
Vaidosa nua...
Espelhas-te no meu lago...
Lua cheia...
De devaneios...
Lua nova...
Desbotada esperança...
Quarto crescente...
Enche-me de forças e aguardo...
Quarto minguante...
Imperceptível reflexo de luar...
Eclipse total de mim…
Lua errante na vastidão do firmamento…

3 comentários:

  1. *
    como é faseada
    a tua sensibilidade Lunar !
    ,
    parabens pelo teu poema .
    ,
    conchinhas, ficam,
    ,
    *

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  2. Como a lua feiticeira também nós vivemos na sombra da noite procurando diariamente a luz do sol
    beijinhos

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  3. Benditas musas que te inspiram a escrever assim.

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