
Tu…
Surges do nada que és…
Acanhadamente…
E te apoderas…
Das minhas vestes de falsa poetisa…
Usas-me para dizer vontades tuas…
Usas-me para expressar sentimentos reprimidos…
Usas-me para cobrir verdades nuas…
Usas-me para camuflar desejos sentidos…
Usas-me apenas…
Sou prisioneira neste castelo…
A que tu chamas corpo…
Aqui reclusa, nada vejo de belo…
Sou ninguém, por viver escondida…
Em ti, neste castelo assombrado…
Por ver com os teus olhos cegos a vida…
Exígua a que te limitas nesse teu letargo…
Usas-me…
Vestes-te de mim…
Com alegres penas desesperança...
Falsa poetisa não é... mas deve libertar-se e falar em liberdade.
ResponderEliminarAbracinho