quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Encontro...(Des)Marcado...

Quando acordei hoje de manhã, senti uma exaltação dentro de mim.
No espelho, vi um brilho diverso no meu olhar.
Perseguia-me determinada inquietude.
Tentei lembrar-me que dia seria, para me sentir assim especial!
Já lá vai há algum tempo o dia do meu aniversário, que por acaso também não me diz muito.(os anos começam a pesar!)
Não seria por certo esse o motivo, para me sentir tão ansiosa.
Um furor no estômago cheio, ainda que vazio…
Uma leveza extrema, nesta criatura de peso…
Uma alegria contagiante, neste ser nostálgico…
Uma vontade de fazer, que supera a inércia adquirida…
Um orgulho de existir, derruba até a sombra de meu ser convertido invisível…
Que dia é hoje meu Deus? Que não consigo lembrar-me!
Embelezo-me, como há muito não o faço…
Visto-me, calço-me, soberanamente, elegante …
Onde vou assim?
Saio de casa, introduzo a chave na fechadura, ao rodar, sinto um “click” na minha cabeça!
Procuro na bolsa a minha agenda, e leio o que ontem me prometera a mim, própria!
“Amanhã, serei eu mesma!”
Ah!
Afinal hoje tenho um encontro marcado comigo!
(foto olhares.com)

3 comentários:

  1. O tempo está na nossa mente quando o sentimos ele existe e pode nos molestar, esquecemos-nos de nós, esse encontro descrito no teu poema é maravilhoso para avivar os sentidos
    beijos

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  2. Sabes... esquecemo-nos muitas vezes, demasiadas vezes, de nós próprios!
    Hoje, soltaste as amarras que te prendiam ao teu próprio cais e deixaste que a brisa determinasse a tua rota! Tens agora o voo gracioso das gaivotas!

    Beijos
    AL

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