sábado, 2 de janeiro de 2010

(Des)Encontro-me...no azul dos sonhos...

No abismo de silêncio…
Tento encontrar fragmentos de mim…
Violenta a busca de paz que não encontro…
Nas linhas abstractas que rascunho…
Nas palavras indizíveis que rasuro…
Na folha transparente que me foge…
Cristalina salgada substância escorre…
No rosto invisível de serva esquecida…
No cinzento previsível de um destino…
Sobrevive porém a diminuta ilusão do azul dos sonhos…
Presa a esta quebradiça linha do horizonte…
Que aperto nas mãos cansadas…
Escondida entre linhas nesta humilde poesia…

2 comentários:

  1. Esta poesia não tem nada de humilde! É o que sente e pensa logo é a riqueza do seu EU...
    Abracinho

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  2. estive a passear pelo teu cantinho e tenho-te a dizer que é muito belo, tens poemas muito lindos, tristes sim, ainda ontem disse por aí que não entendo porque a poesia mais triste é aquela que mais toca os sentidos e se torna mais real mais bonita, espero que nem tudo o que estas a escrever seja sentido, pois como dizes no poema anterior há sempre algo de bom pelo menos o estar vivo, e quando estamos podemos sempre mudar a página e escrever nova folha no livro da vida.
    Que este ano te traga tudo o que o teu sentir precisar
    beijinhos

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