Pescadora de sonhos avulsos num mar desconhecido…
Nem sei como se chama, é um mar sem nome…
Lanço o anzol de palavras mar adentro. Do mar, ao mar que sinto dentro…distante e tão perto…próximo e tão distante…presente e ausente…esse mar que me confunde…envolve-me nas torrentes…lança-me o repto…incita vontades e muda de cor…arranco das entranhas de mim as memórias presas na ponta do anzol…agonizam agora como um peixe fora de água, recordações…obstruídas as guelras de silêncio, e do sulco/ferida que se fez, escorre solitário o desejo pegajoso. Sinto a saudade bater forte, quando o vento norte sopra por entre réstias de noites passadas. Ignoro o semáforo vermelho do sol distante a queimar-me as pestanas de insónia. Navego entre reticências, rochedos flutuantes da mente… e o horizonte distante estava logo ali entre parênteses…depois do portão renitente de nostalgia…
E não sabia que mais cedo ou mais tarde iria querer içar a âncora, pérola pesada da realidade…soltando-se nos intervalos das iras recortadas da montanha, que o mar seduz e fustiga… formando tempestades de conceitos e preconceitos, afogando nas ondas o ego escondido nos barcos podres, á deriva, a tresandar a bolor de tempo passado, segredando lamúrias inúteis a cada investida do mar, ao bando de gaivotas surdas que agitavam a maresia com as asas pesadas como velas de navios rasgadas…
E no céu acetinado, dos rastos que se cruzam, distinguem-se as marcas tatuadas dos desencontros…
Do céu sobre o mar as vontades que morrem na praia…caídas do precipício da montanha…
Gotas de ilusão que o coração vertia e enchiam as marés…Momentos que não se repetem…
Secaram-se as marés transbordantes de magia…e de palavras roucas de silêncio…
Evocando na espera as vontades que morrem na praia…
Nem sei como se chama, é um mar sem nome…
Lanço o anzol de palavras mar adentro. Do mar, ao mar que sinto dentro…distante e tão perto…próximo e tão distante…presente e ausente…esse mar que me confunde…envolve-me nas torrentes…lança-me o repto…incita vontades e muda de cor…arranco das entranhas de mim as memórias presas na ponta do anzol…agonizam agora como um peixe fora de água, recordações…obstruídas as guelras de silêncio, e do sulco/ferida que se fez, escorre solitário o desejo pegajoso. Sinto a saudade bater forte, quando o vento norte sopra por entre réstias de noites passadas. Ignoro o semáforo vermelho do sol distante a queimar-me as pestanas de insónia. Navego entre reticências, rochedos flutuantes da mente… e o horizonte distante estava logo ali entre parênteses…depois do portão renitente de nostalgia…
E não sabia que mais cedo ou mais tarde iria querer içar a âncora, pérola pesada da realidade…soltando-se nos intervalos das iras recortadas da montanha, que o mar seduz e fustiga… formando tempestades de conceitos e preconceitos, afogando nas ondas o ego escondido nos barcos podres, á deriva, a tresandar a bolor de tempo passado, segredando lamúrias inúteis a cada investida do mar, ao bando de gaivotas surdas que agitavam a maresia com as asas pesadas como velas de navios rasgadas…
E no céu acetinado, dos rastos que se cruzam, distinguem-se as marcas tatuadas dos desencontros…
Do céu sobre o mar as vontades que morrem na praia…caídas do precipício da montanha…
Gotas de ilusão que o coração vertia e enchiam as marés…Momentos que não se repetem…
Secaram-se as marés transbordantes de magia…e de palavras roucas de silêncio…
Evocando na espera as vontades que morrem na praia…
(Palavras
FlorAlpina)
Flor,
ResponderEliminarAs palavras soam como se estivesse desterrada, fora do seu ambiente natural, e a lembrança do mar ainda vem acirrar mais esse sentimento.
Será que o mar parece é cenário das suas paisagens interiores?
É sempre um prazer ler o que escreve.
Beijo :)
Muito bom! Adorei este texto!
ResponderEliminarUm beijo!
O mar,sempre o mar...nele se encontra, nele se desnuda...o mar é a sua seiva, o seu alimento...São sempre tão belos os seus poemas!
ResponderEliminarAbracinho meu!
"Pescadora de sonhos avulsos num mar desconhecido"... Tuas redes virão cheias de sonhos, porque na tua enseada, repousam ainda todos os sonhos, todos os desejos, todas as emoções!
ResponderEliminarBeijos!
AL
O "parece" está ali a mais. Acontece.
ResponderEliminarBeijo :)
ola flor mais um dos maravilhosos poemas e as saudades do mar ,mas em breve iremos ver o mar.beijinhos
ResponderEliminarQUERIDA aMIGA
ResponderEliminarAS SUAS PALAVRAS ENCHEM OS NOSSOS CORAÇÕES DE AMOR.
Bjs
G.J.
Flor,
ResponderEliminarEsse teu mar, nos fala de um âmago que nas ondas que o vento adorna, vai nos banhando de pequenas gotículas que formam um oceano por inventar, um berço que embala e encanta poeticamente.
Nesse mar navega a liberdade de ancorar sínteses e desfraldar velas para navegar a liberdade de pensamento e imaginação que propões em cada letra que se ampara na outra.
O mar renova-se, enquanto um casco podre demais, não tem concerto.
Lá bem no fundo do mar, a terra liga continentes que o mar parece separar.
As vontades por vezes parecem ter morrido no espraiar das marés na areia da praia, mas atento constato que estão apenas adormecidas.
-Tanto mar...
Beijo e kandandos meus
o pescador avetura-se ao mar, o sonhador morre no consolo da praia
ResponderEliminaro mar navega nos sonhos profundos da mente, mente coberta pela neve fria e por vezes amarga que lembra a solidão, o desterro o frio profundo da distancia, mas...o frio vai passar os lagos serenos vão chegar e com ele vem as férias o sorriso o aconchego e este mar vai-te ver chegar só o seu sal vai lembrar as lágrimas contidas na garganta nesse grito que morre sem se escutar.
ResponderEliminarbeijinhos minha querida
Bonitas as tuas palavras, com sentidos variados.
ResponderEliminarBeijito.
por cada vontade que se enterra na praia, outra nasce nas costas do mar. nas montanhas, talvez...
ResponderEliminarbeijinho, amiga alpina!
Não sei se a imagem é tua minha amiga, mas é linda e adequada a um texto profundo e melancólico.
ResponderEliminar"Gotas de ilusão que o coração vertia e enchiam as marés…Momentos que não se repetem…"
Beijinhos
*
ResponderEliminaradorei, Flor Alpina,
é assim, que vejo o Mar da Vida,
é assim, que sou incapaz de o descrever,
a Vida cheia a maresia e espero que não
lhe façam o que ao mar fizeram e ao
nosso em especial, com os espanhóis
a destruírem os viveiros naturais,
enredando vários tamanhos da mesma
espécie, e o seu castigo foi triplicarem
a sua frota, enquanto os senhores da CEE
ordenavam a destruição da nossa frota,
privando-nos de um direito histórico.
assim como no Mar das Searas, no Mar
dos Arrozais, no Mar Agrícola, em suma !
,
Amiga, a Praia é linda de mais para morrer
nela,. vamos cantar a vida, até ao momento
da partida, para o outro lado desconhecido !
,
um Mar de estima,
deixo,
,
*
Tuas palavras lavam as almas e a foto os olhos...Magnífica fusão! Beijo
ResponderEliminarBelas imagens textuais... Plenas de poesia nas metáforas mar adentro.
ResponderEliminarUm beijo
Olá, Flor!
ResponderEliminarViagem tormentosa esta, em mar revolto, agitado por emoções à deriva; a vontade de partir...e o temor de embarcar.
É profundo como o mar o que aqui está dito, e de uma forma linda - que a mim me causa "inveja".
Beijinhos; bom fim de semana.
Vitor
'evocando na espera as vontades que morrem na praia'... que lindo!
ResponderEliminarHj, não tem mar aqui na Ilha, dia chuvoso!
Bjs*
Quarida amiga, adorei o teu texto. Muito poético.
ResponderEliminarBoa semana. Beijos.