
Inventou bem-estar ao pôr-do-sol nas palavras que ia deixando no areal deserto em que se conheceram. Ainda não era tarde e as gaivotas recolhiam não se sabe bem onde dando mais lugar ao vazio que agora fica! Quando tentou recolher as pegadas, era tarde demais, enterravam-se mais e mais com o peso dos sonhos!
Ninguém a sabia assim perdida!
As palavras cada vez mais directas, expressavam cada vez menos sentimentos. O silêncio, esse que cobria os vultos sem rosto de pessoas que se escondiam na própria sombra, cheirava a lágrimas sensabores, porque o sal ardente característico das dores, brilhava do outro lado das letras.
E o movimento das ondas já não desenha a espuma poemas vermelhos, nas folhas esvoaçantes da montanha com vista para lado nenhum!
Amanhece, e por volta da hora prevista, mais minuto menos minuto, já não regressa a maré cheia de ideias que outrora abalroava a mente analfabeta de quem está sentado no penúltimo degrau do abismo!
Os raios de sol frios pincelam as cores do quadro que ninguém entende, numa tela cinzenta que desaparece quando se fecha o último chapéu-de-chuva num dia de angústias torrenciais, com uma imagem desfocada no horizonte do homem que vendia sonhos a troco de risos adiados, conspirando prazeres muito além do imaginário.
Na queda das palavras as asas de vento eram inúteis! Esperando apenas o momento final, sentia a confiança em fanicos. Embrenhou-se na penumbra e a harpa ensaiava a melodia da brisa, como uma valsa em seus cabelos. Depois no silêncio o vento sussurrava-lhe aos ouvidos réstias de esperança, num jogo perigoso de perguntas e respostas. E os passos aflitos, apressados, tropeçavam nos segredos de bruma, válvula de escape dos dias iguais!
Talvez não soubessem mas respiravam o mesmo ar, afogavam-se ambos bebendo palavras impotáveis.
Espraiando relâmpagos com o pensamento, o corpo treme o olhar troveja pela incompreensão! Turbulência no plural!
Acaso a maré alta não falhe seguirá o seu apelo para os subúrbios da ilusão onde a realidade por vezes dói menos!
Sim, ela foi entristecendo, mas insistirá na busca difícil pelo búzio encantado ainda que essa seja a única forma de reconhecer o mar…
Ninguém a sabia assim perdida!
As palavras cada vez mais directas, expressavam cada vez menos sentimentos. O silêncio, esse que cobria os vultos sem rosto de pessoas que se escondiam na própria sombra, cheirava a lágrimas sensabores, porque o sal ardente característico das dores, brilhava do outro lado das letras.
E o movimento das ondas já não desenha a espuma poemas vermelhos, nas folhas esvoaçantes da montanha com vista para lado nenhum!
Amanhece, e por volta da hora prevista, mais minuto menos minuto, já não regressa a maré cheia de ideias que outrora abalroava a mente analfabeta de quem está sentado no penúltimo degrau do abismo!
Os raios de sol frios pincelam as cores do quadro que ninguém entende, numa tela cinzenta que desaparece quando se fecha o último chapéu-de-chuva num dia de angústias torrenciais, com uma imagem desfocada no horizonte do homem que vendia sonhos a troco de risos adiados, conspirando prazeres muito além do imaginário.
Na queda das palavras as asas de vento eram inúteis! Esperando apenas o momento final, sentia a confiança em fanicos. Embrenhou-se na penumbra e a harpa ensaiava a melodia da brisa, como uma valsa em seus cabelos. Depois no silêncio o vento sussurrava-lhe aos ouvidos réstias de esperança, num jogo perigoso de perguntas e respostas. E os passos aflitos, apressados, tropeçavam nos segredos de bruma, válvula de escape dos dias iguais!
Talvez não soubessem mas respiravam o mesmo ar, afogavam-se ambos bebendo palavras impotáveis.
Espraiando relâmpagos com o pensamento, o corpo treme o olhar troveja pela incompreensão! Turbulência no plural!
Acaso a maré alta não falhe seguirá o seu apelo para os subúrbios da ilusão onde a realidade por vezes dói menos!
Sim, ela foi entristecendo, mas insistirá na busca difícil pelo búzio encantado ainda que essa seja a única forma de reconhecer o mar…
[Palavras e foto
FlorAlpina]
Maravilhosa conjugação de palavras criando um belo texto! Muito interessante!
ResponderEliminarRui Pires - OLHAR D'OURO - Portugal
http://lamegoimage.blogspot.com/
Um texto maravilhoso, parabéns.Beijos
ResponderEliminarLindíssimo e que bom que ela há de persistir nessa busca...beijos,lindo dia,chica
ResponderEliminarAdorei!!!!
ResponderEliminarUm beijo grande
Se há horas de sorte
ResponderEliminarpara ganhar nas lotarias
certamente também há momentos de sorte
inspirados que nos trazem estas maravilhas
envoltas em deliciosas palavras
que nos criam momentos preciosos
e enfeitam as nossas vidas .
Obrigado e parabéns por mais este momento. lindíssimo!
Carva55
Ah! Belissimo o teu texto!...
ResponderEliminarAs palavras exactas fazem-nos sentir todas as emoções...
Beijos!
AL
Um texto donde ressalta o recurso à personificação própria da linguagem poética que dá às imagens um toque mágico.
ResponderEliminarGostei imenso!
Um beijo
Já li muitos textos belíssimos mas este tocou-me particularmente.
ResponderEliminarEscreves lindamente, pena que te sinta angustiada e triste.
Gostava de falar contigo, se não encontrar e.mail no perfil, volto para deixar o meu.
Beijo doce
Ná
Querida amiga, o teu texto é fabuloso.
ResponderEliminarPrincipalmente pelas excelentes imagens poéticas que nele abundam. Ao fim e ao cabo é um (enorme) poema.
Parabéns pelo talendo que as tuas palavras tão nitidamente revelam.
Beijos.
Já lhe disse que gosto da sua escrita?
ResponderEliminarUm beijo, aqui de Portugal
A Natureza é feita de segredos...
ResponderEliminarBeijo d'anjo
Oi Flor
ResponderEliminarTristeza e sofrimento descritos tão belamente.
Sofri com tuas palavras lindas para descrever este desgosto que parece vir bem do interior a rasgar-te o peito.
Lindo!
Bjs no coração!
Nilce
Por vezes procuramos e esperamos aquilo que menos dor provoca... ainda que em ilusão.
ResponderEliminarBeijito.
Querida Amiga..
ResponderEliminarUm lindo final de semana amiga querida
seja de felicidade e paz e muito amor.
beijos e beijos,Evanir.
www.aviagem1.blogspot.com
sons e silêncios em gargantas que coleccionam espinhos; afinal, todos os mistérios se escondem nas veias do mar.
ResponderEliminarbeijinho, amiga dos alpes!
Palavras e silêncios cobrindo de beleza este texto.
ResponderEliminarBeijos.
Olá Flor!
ResponderEliminarO mar tem esse sortilégio de inspirar os poetas e as almas sensíveis como a sua. Texto muito enternecedor e tocante.
Minha querida, a vida, tal como o Mar, tem os seus momentos tempestuosos, mas também tem os seus belos momentos de calmaria.
Não podemos deixar, nunca, que a Esperança fique feita em fanicos...
Beijos com ternura
Janita
Todos temos um búzio encantado a orientar o caminho do mar e do amor... é em noites de lua cheia que se encontram búzios que dão à costa para voltarem a receber uma vez mais o sopro do amor para levarem pelo mundo às gentes sofridas que não perdem a esperança. É que o amor é de todos e para todos, mas são poucos os que o encontram na sua divina perfeição...
ResponderEliminarUm grande abraço e obrigada pelos parabéns ao meu querido Amigo Kim.
laura
Olá minha querida flor!lindo texto!Um ótimo fim de semana!
ResponderEliminarBeijossss
Olá Flor dos Alpes!
ResponderEliminarMuito forte este texto cheio de amor, dúvidas e temores.
Só a brisa que sopra nas altas montanhas inspira quem dela assim se enleia.
Teremos certamente mais desabafos para descobrir e mais afagos a chegar.
Um beijinho grande e obrigado pelos parabéns.
hola Floralpina,
ResponderEliminarsin duda alguna deseo ver tus fotografías y tus poemas. Lindo blog
un abrazo^^
texto maravilhosa e foto implacável e sublime.
ResponderEliminarDeleitei-me com este seu espaço.
silenciosquefalam.blogspot.com
Flor
ResponderEliminarTambém eu me senti atingido por essa BRUMA.
Obrigado pela visita.
Bom fim de semana
G.J.
dizes não saber não achares o que escreves poesia, tenho pensado nessas tuas palavras e sabes o que penso? isso acontece porque tu és a própria poesia tu e ela são unas e é essa sensibilidade que acaba por transformar a vida tão dorida o que escreves tão forte e tão triste ao mesmo tempo
ResponderEliminarbeijinhos querida
Querida amiga Flor...
ResponderEliminarSigo o encanto das palavras, que ora me levam para mar alto, outras me fixam os pés no chão.
O mar pode estar no búzio mágico como última instância?
- Não!!!
Ele mora dentro de ti!
Beijo e kandandos meus.
Quantos bons momentos jogamos fora, nos instantes impetuosos de nossas defesas, dadas sem o pensar. palavras que deixamos jorrar de dentro o que sem querer acabamos por manchar o brilho que existia...
ResponderEliminarSempre muito profunda Flor, gosto do teu pensar, tuas palavras sempre muito carregadas de encantos, ainda que dentro mine um certo sofrimento, a beleza não se esconde...
feliz semana pra ti
Bjs
Livinha
Vim ler-te, rever-te e deixar os votos de uma boa semana!
ResponderEliminarBeijos,
AL
Lindíssimo texto poético ... embora veja nele muita tristeza ... espero que não tenha sido escrito em paralelo com a sua realidade.
ResponderEliminarAbracinho meu!
FlorAlpina
ResponderEliminarVenho expressamente retribuir e agradecer o seu carinho.
Um grande abraço com muito carinho e muita LUZ em seu caminho.
bj
SAUDADES AMIGA
ResponderEliminarINSPIRAÇÃO
A vida inspira-nos...
Ao Amor...
Ao querer...
Ao estar...
E nesta inspiração...
Ficamos...
Mais ricos...
Mais leves
Mais esperançados...
Por isso inspiro-me...
E sinto que...
Valeu a pena...
Pois assim...
Sinto-me feliz...
E com inspiração...
O mundo rola...
O mundo brilha...
O mundo deixa-me
Um presente de inspiração...
Uma cesta
Cheia de Paz...
De amizade...
E de amigos...
Por isso eu...
Continuo inspirar-me!
LILI LARANJO
Olá amiga Carmen!
ResponderEliminarVim saber de ti. Como estás?
Tenho tido menos disponibilidade e este fim de semana estou ainda menos :) Bom sinal.
Dá notícias e dou-te um beijo doce.
Ná
Búzios, emoções contidas
ResponderEliminarà flor da pele
tentações desmedidas
para encontrar o caminho do mar
que por sua vez
nos vai trazer o som do búzio
no seu marulhar...
Um beijinho da laura
Comentários justos.
ResponderEliminarQue este património literário que leio com gosto e gozo se eternize. Um abraço amigo ,Carmen Dolores Silva Ferreira.
Carmindo Bento