Despega-se mansamente
O cheiro a praia que trazia em mim
O sol tatuado a sal descora no castigo dos dias
Cai-me aos pedaços dos olhos o resto de maresia
Derrama-se sobre mim a bruma de saudade
Desfraldo os escassos sentimentos que pesquei
Nas ondas espalhadas do meu corpo
Grito às marés os silêncios no voo das gaivotas
Arrasto uma das minhas penas
Mergulho-a na maré negra
E desenho as amarras invisíveis que quero cortar…
Nesse porto (in)seguro
O sol tatuado a sal descora no castigo dos dias
Cai-me aos pedaços dos olhos o resto de maresia
Derrama-se sobre mim a bruma de saudade
Desfraldo os escassos sentimentos que pesquei
Nas ondas espalhadas do meu corpo
Grito às marés os silêncios no voo das gaivotas
Arrasto uma das minhas penas
Mergulho-a na maré negra
E desenho as amarras invisíveis que quero cortar…
Nesse porto (in)seguro
Nas dunas triaçoeiras onde cantam sereias
Longe do cais de abrigo um farol apagado
Em noite de tempestade
Onde o vento é aconchego dos pensamentos
Sinto nos dedos o sabor do mar
Longe do cais de abrigo um farol apagado
Em noite de tempestade
Onde o vento é aconchego dos pensamentos
Sinto nos dedos o sabor do mar
sinto nos dedos o pulsar das torrentes
Sinto nos dedos as marés vazias
De palavras que não me cabem na praia deserta
Sinto nos dedos as marés vazias
De palavras que não me cabem na praia deserta