Contando a passagem do tempo entre dois goles de uma espera gelada, e a sombra amarga de uma rodela de limão…
Recortava abobadas ao pôr-do-sol com os braços cúmplices de indiferença, e os olhos postos em horizontes minúsculos que não davam para lado nenhum!
Suspensos no céu azul, apareciam ao longe poemas escritos com rastos brancos de ilusões deixados por memórias antigas.
Interrompendo de quando em vez o som ligeiro da brisa uns pensamentos sem nexo, imaginados no búzio sem cheiro a algas.
Delineava a medida certa das marcas da saudade na areia, e as ondas fantasmas que esbatem avançando e recuando numa tarde de Agosto.
Não sei ao certo, porque as gaivotas voavam em círculos estranhos, quase quadrados, mas acho que é por esta hora que a maré começou a baixar…
Porém desta vez não ficaram peugadas minhas à borda de água…para que o mar distraído não tenha o prazer de as afastar…
Palavras e fotos FlorAlpina
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Plágio além de feio, é punido por lei!