Soltava as amarras do porto de abrigo…
Segurando firme na alma o frágil leme…
E a bússola desorientada …
Sede de viver o mapa do tesouro perdido…
Transformando em hinos de quietude …
As vagas descontroladas do coração agitado…
Galgando a razão rumo ao infinito dos sentimentos…
Nas distantes ilhas de fantasias por descobrir…
E navegava á deriva por oceanos de sonhos…
Frágil corpo…
Perdido…
Como um navio errante que penetrava a imensidão dos desejos…
Entontecia de ansiedade…
Nas vertigens sóbrias de vontades…
Jurava que ouvia!
Jurava que via!
Felicidade Sereia que nunca vinha…
Que não existia talvez…
Mas que nessas horas de solidão…
Lhes fazia bem sonhar que algures…
No oceano, naquele mar esquecido…
Um belo ser aparecia para superar os momentos de clausura…
Estranha sensação de liberdade que aprisionava…
Um horizonte sem obstáculos…
Só o céu e o mar…
E nas entranhas de si…o vazio!
Que o encha o vento norte…que sopre!
Rasgando as marés o navio…seu corpo!
Embalada a mente por uma brisa agridoce de saudade…
Ao longe algumas estrelas no entardecer da existência…
Uma bola de fogo chamada realidade…
Existia!
Tão longe que não a conseguia alcançar…
Sabia apenas que estava lá…
Podia olhar no horizonte imenso…
Era essa a única liberdade…
Mas não se podia movimentar para além daquela casa flutuante, apertado navio….
Navio corpo que aprisionava a lucidez…
Sensação paradoxal tinha tanto de bom como de mau…
De maravilhoso como de enfadonho…
Como o canto da Sereia Felicidade que nunca vinha…
Navega…
Navega á deriva…
Como um navio errante…
(Preso no cais...)
quando a bússola nos desorienta ,,,,, acanmaos pensando no cais .. :)
ResponderEliminargostei
Teresa
Flor,
ResponderEliminarpermita-me uma possível leitura do seu poema:
Por vezes sentimos o apelo do horizonte, seduz-nos a promessa daquilo que nos transcende... E sonhamos.
Mas a realidade, nua e crua, tem muito peso. E o sonho soçobra, não tem força para se expandir. Então ficamos duplamente reféns: da realidade, que aprisiona, e do sonho, que teima em assomar mas é incapaz de se impor...
beijo :)
Olá, Flor Alpina!
ResponderEliminarPoema belíssimo,foi um privilégio lê-lo.
São os estados de alma que dão asas aos nossos pensamentos e emoções que vagueiam sem rumo regressando sempre ao cais da nossa existência.
Bjis
J
Olá querida
ResponderEliminarBelo poema.
Temos a capacidade de nos libertar, um dia sentimos que a felicidade está em nós, e para isso basta mudar o pensamento.
Com muito carinho BJS.
Olá, Flor Alpina!
ResponderEliminarEterna luta, esta entre o certo e o sonhado, entre o sonho que nos liberte e a realidade que, sentimos, nos prende; a segurança relativa do porto, e a sede de aventura no desconhecido, que só será possível navegando...
Está muito bonito.
beijinhos.
Vitor
Flor
ResponderEliminarum beijo...
pOEMA LINDO FOI BOM PASSAR POR AQUI
MAS...SENTI...
saudaDES...
Poema lindo e cheio de sentimentos...
ResponderEliminarEssa sensação de estar presa ao cais pode ser confortasnte ou por vezes, não.
Linda e faz pensar...beijos,chica
Olá Flor;
ResponderEliminarCom tantos navios presos no cais, à espera que o vendaval os liberte para as águas calmas, só uma bela poesia como esta para acalmar as tempestades.
Ps- Se passares por Genéve, no dia 27 e 28, eu estarei no Musée d'Art et d'Histoire nesse fim de semana. Se passares por lá, podes perguntar por mim na entrada e te ofereço além da visita ao Museu, um bom café no Barroco.
bjs, Flor.
Osvaldo
Que bonito poema......Não há como ter um
ResponderEliminarPorto de Abrigo...ou um Grande Amor...
Beijo
Flor ,
ResponderEliminarSempre é tempo de te ler e reler , amiga.
Suas poesias carregam sempre sentimentos,
agonias e desejos que todos temos dentro de nós ...
BjO Imenso e um Dia de Paz.
Uma imagem com a força incrível dos oceanos: sou um navio errante preso no cais...
ResponderEliminarSó por isso, e é tanto, não anda à deriva: tem a âncora bem presa...
Beijo,
António
Do sonho à realidade, da realidade ao sonho em passos de indecisão.
ResponderEliminarUm poema carregado de imagens simbólicas que nos seduzem.
Muito bonito!
Um beijo
"...Como o canto da Sereia Felicidade que nunca vinha… " - e, entretanto, o dedilhar de belas notas salpicadas, apesar de tudo, de um sentimento de esperança:
ResponderEliminar"... Uma bola de fogo chamada realidade…
Existia!..."
Essa bola de fogo há-de voltar a aquecer esse ser
"vazio" em suas "entranhas"... só aparentemente!
Beijinho
Amei o poema, lindooooo!
ResponderEliminarBjsssssssss pra vc
Gena
As duas frases iniciais do poema já nos fazem ajoelhar diante da beleza da arte.
ResponderEliminarParabéns e beijos da São Paulo da garoa (hoje de fato chove).
À deriva perdido sem sair do cais
ResponderEliminarpreso às amarras do pensamento
navega sem destino,
caminha ao longo de uma linha sinuosa
entre a ilusão e a realidade.
Beijo
Olá Flor.
ResponderEliminarBelo poema, onde o sonho, sonhado e o desejo de preencher um vazio se confundem.
"Sensação paradoxal tinha tanto de bom como de mau... De maravilhoso como de enfadonho…"
Beijos
Janita
Sonhamos muitas vezes navegar no mar a outras paragens procurar o desconhecido e nesse desconhecido encontrarmos a tal felicidade tão almejada, mas... nessas viagens o mar é turbulento, ao ventos fortes e por aí o coração também doí, e então sentimos saudades do porto seguro de quando as amarras nos aportavam e só nesse instante descobrimos que éramos felizes e não sabíamos
ResponderEliminarbeijinhos.
Minha querida
ResponderEliminarPor vezes a ilusão doi menos que a realidade...a linha por onde caminhamos é muito ténue.
Como sempre belas palavras.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Boa noite Floralpina,
ResponderEliminarlindo, intenso e muito profundo o seu poema, gosto de a ler.
Perdão pela ausência aqui, mas tenho andado pouco na net. Com a edição do meu primeiro livro ando com menos disponibilidade.
Beijinhos,
Ana Martins
Flor Alpina
ResponderEliminaramiga manda-me a direcção depois...ficas com o pretexto de vir a minha casa lanhar e...acertamos as contas...
beijitos
O TEU POEMA está muito belo ...
Parabéns.
Olá Flor!
ResponderEliminar"Navega…
Navega á deriva…
Como um navio errante"…
Muitas vezes somos navios navegando sobre o mar, e longe o vento nos leva e com eles seguimos até naufragar... e mesmo assim aprendemos nas águas subterfugias, ainda que profundas, são momentos de introspecção que nos transporta para as alturas na dialética de soltar do profundo mar para voar...
"Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama" (Clarice Lispector)
Um beijo!
*
ResponderEliminarsou um navio vazio,
parado na minha rota !
,
marés de estima,
ficam,
,
Bela foto associado a uma bela poesia ...
ResponderEliminarBom f-d-s (agradeço a tua passagem plo meu cantinho)
Nem todos os cais...são portos seguros...
ResponderEliminarBeijo d'anjo
Por vezes os sonhos são uma mistura de sentimentos, que nos levam a deriva e nos fazem sentir tão longe quando de facto estamos presos ao cais...
ResponderEliminarSaudade
ola flor ja tinha saudades dos seus lindos poemas beijinhos ana
ResponderEliminarFlorAlpina!
ResponderEliminarLinda post.
Retribuo em duplicado seu carinho e amizade.
Exelente f.semana.
Bjs
Belo poema,estava com saudades, Estive viajando, e por lá não havia computador, no começo achei meio que ruim, mas depois me envolvi com a natureza simples e bela, Assim o tempo passou... só areia, lagoas, dunas,sol,mar e céu...Tudo isso numa pequena barraca coberta com folhas de palmeira(buriti).Mas não esqueci das pessoas, que mesmo estando longe, estão sempre presentes em minha vida, assim como voce...Bjs e abraços saudosos.
ResponderEliminarbelo poema triste...
ResponderEliminarbeijo!
Oiê, desculpe pela colinha, mas passei só pra deixar um beijo e desejar um ótimo feriado!
ResponderEliminarBjs da Gena
Obrigado amiga, de todo coração retribuo tudo que a mim até agora me desejou!
ResponderEliminarSensibilizado pelas manifestações de carinho.
Um Abraço,
Pedro F.
Um poema intenso navegando à deriva no turbilhão das emoções... Beijo!
ResponderEliminarAL