segunda-feira, 5 de abril de 2010

(In)Conformada...


Escondo-me na minha sombra
Para ninguém tropeçar em mim
Alimento-me do cheiro das palavras
Que não sei escrever
O universo não se incomoda com o meu sofrer
Cansada de esmolar afectos
E receber amarguras
Corroem-me as entranhas as palavras tóxicas
Que não expulso
Confesso-me para dentro
Dos crimes que não cometo
Respiro quase por desespero
Preciso tanto chorar
Mas já não tenho mais lágrimas
Colossal secagem de prantos
Engulo a enxurrada dos ais que soluço
Para não acordar sentimentos entorpecidos
Agarro nos remos partidos
Navego á deriva num rio de tristeza
Para afogar as mágoas nesta cascata de sentimentos
Fecho os olhos e voo com as asas de pedra
Encravadas na minha quietude
Aconchego-me num grão de areia perdido
Na minha sombra…

15 comentários:

  1. Minha querida
    Belo e triste o teu poema, nem calculas como ele fala de mim.

    Confesso-me para dentro
    Dos crimes que não cometo
    Respiro quase por desespero
    Preciso tanto chorar

    Minha querida, o meu ombro está AQUI.

    Beijinhos com carinho
    Sonhadora

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  2. É proibido tanta negação de si própria.
    A Primavera finalmente trouxe o sol, toca a animar, a renascer,...
    Abracinho

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  3. Tanta dor, amargura...bonito poema durido!
    Deixemos o sol entrar nos Alpes... e aquecer o coração luso que aí caminha...


    beijo

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  4. Palavras tóxicas que não expulso...

    Expulsa sim, é precisamente o que está a fazer neste belo e triste poema...

    Sabe, a poesia também chora!

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  5. Adorei seu post mas saiba qu eainda não parendo dissecr um poema, apenas leio e sinto e admiro flor alpina, quero agradecer sempre por suas visitinha em meu cantinho.
    com carinho

    Hana

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  6. Triste poesia! Agarro nos renos partidos...
    Navego à deriva num rio de tristeza...porém muito belas palavras, com um certo encantamento de todos sentimentos, é como procurar sorrisos onde não tem, nesse momento até a saudade faz companinha...E espero não ser o que realmente sente, Um abraço com asas de um anjo, bjs , Querida Floralpina

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  7. Flor Alpina, amiga!
    Inconformada sem parêntesis é como te vejo neste poema. Porque se nele à contidas lágrimas, também um contido grito inconformado.
    O sol vai raiar em múltiplos arco-íris alegrando o teu olhar, não te distraias porque tudo está acontecer e por vezes abrigados num grãozinho de areia, não conseguimos estar atentos às benesses que nos visitam.
    Muita paz nesse coração que me parece melancólico e não merece.
    Kandandos e a minha gratidão por me fazeres companhia no meu abrigo.

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  8. Lindo mas triste este grito da alma.
    Quando a tormenta passar, num novo amanhecer,
    a beleza de estar viva contará histórias de amor, de perdão e de aceitação. O sol voltará a brilhar e o coração a sorrir.

    passei por aqui...gostei e fiquei.

    beijinhos

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  9. Flor Alpina,

    A tristeza jamais tem brilho
    Vai caindo,
    Nas profundezas do abismo,
    Abra uma janela...
    para q o sol irradie seu coração...
    logo, logo esse sofrimento se vai dissipar.
    Força, esperança...confiança .


    Bjs

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  10. Olá querida
    Gostei de seu poema, escreve com alma.
    Com muito carinho BJS.

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  11. Está muito legal esta postágem.
    Vá aos meus blog's. Leia, divulgue e deixe seus comentários.
    www.congulolundo.blogspot.com
    www.queriaserselvagem.blogspot.com
    Muita saude e tudo de bom na sua vida

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  12. Vim te ler de novo, adoro, bigadu plo carinho.
    com carinho
    Hana

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  13. *
    Belo poema, flor,
    ,
    navego
    inconformado
    sem barco e sem mar
    rumando
    com rede de sombras
    cercando o mau ego .
    ,
    brisas suaves,
    deixo,
    ,
    *

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  14. Deixa que os raios de sol cumpram a sua tarefa. Abandona a morbidez da sombra e deixa que o sol te beije! Sentirás uma constelação de estrelas caindo no teu corpo!!!

    BeijOOO
    AL

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  15. Bonito poema! muito obrigada pelo comentário :) *

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