Foi longa a noite...
Em que caíram as letras
uma a uma...
E sem aconchego caíam as palavras
Verbos eremitas vagueavam nos braços alados
Da luz do farol
Palavras eloquentes faziam voos rasantes
Num mar de fantasia...
Palavras encantadas entre o luar e maresia
Ecoavam na montanha
O orvalho é testemunha da avalanche de palavras
Que as ondas levaram
Caíam sim, caíam as palavras…
Minha querida amiga
ResponderEliminarComo sempre um belissimo poema.
As palavras normalmente esbarram com o silêncio, como te compreendo.
Beijinhos
Sonhadora
Vim deixar um carino em forma de poesia do meu divino ...
ResponderEliminarPablo Neruda
Para meu coração teu peito basta,
para que sejas livre, minhas asas.
De minha boca chegará até o céu
o que era adormecido na tua alma.
Mora em ti a ilusão de cada dia
e chegas como o aljôfar às corolas.
Escavas o horizonte com tua ausência,
eternamente em fuga como as ondas.
Eu disse que cantavas entre vento
como os pinheiros cantam, e os mastros
Tu és como eles alta e taciturna.
Tens a pronta tristeza de uma viagem.
Acolhedora como um caminho antigo,
povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Despertei e por vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam em tua alma.
com carinho
Hana
O "silêncio" levou longo tempo a instalar-se.
ResponderEliminarAbracinho
Palavras hão-de sempre cair... ou para o fundo do poeta ou para o fundo do papel!
ResponderEliminarNo fundo do poeta, as palavras muitas, mesmo muitas vezes doiem... é melhor então que caiam para o fundo do papel! Papel absorve tudo sem nunca dizer Ai!!
Um abraço
Olá querida
ResponderEliminarBelo poema, são tantas as palavras não ditas.
Com muito carinho BJS.
Suave queda, plena de cor... Gostei muito.
ResponderEliminarA noite é uma boa companhia,
ResponderEliminarpara contemplar o seu Lindo Poema.
PARABÉNS.
Há Palavras que Nos Beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperançar louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'Neill
Bejs