Sem te ver…
Sentir o teu murmúrio distante
Através de um búzio emprestado…
Soube-me a pouco.
Nem essa voz tranquila
Agridoce com que salpicaste
O mais profundo de mim
Satisfez um desejo antigo…
De abraçar-te com asas
Que ainda não nasceram…
E poder apagar-te depois!
Como quem desliga uma luz,
Porque o escuro é mais sedutor…
Ou poder trazer assim condensada
Na memória, a forma intemporal do rosto mar!
Palavras e foto
FlorAlpina (Carmen Ferreira)
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