quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A páginas tantas...(25)

...(da página 25 do meu livro "nasci com 35 anos")


Oh! Amigo banco de jardim
Do jardim florido proibido que inventei para mim
Num mundo meu tão secreto
Que de modo algum quero em aberto
Quando sinto que se torna longe o perto
Transparente ser, sem essência me sinto,
Carrego encoberto um fardo pesado doloroso
Que transporto em permanente silêncio não minto
Envolto em angústia ânsia e mistério
Tomando minha identidade, fardo malvado e poderoso
Sofro em silêncio, sou inocente, e as culpas que não tenho, eu as admito.
Já nem sei o que penso, já não sei o que digo
Invento verdades por necessidade e omito esmorecida evidentes grosseiras mentiras.
Oh mundo bravio que de sentimentos me esvaías
Médica de mim própria anestesiara o coração, fechei os olhos para não ver, hibernei, ou adormeci só para não sentir dor, por não querer ser, e não gostar de ser, o ser que sou, um SER apático que finge apenas viver.
Estranho ser, que não sabe ser, ou se sabe ser, não sabe ser o quer e sonha ser...e luta sem vencer ao querer ser o ser que sonha...

13 comentários:

  1. Poema da angustia. Um pouco de cada um de nós. Belo poema,
    Um beijo grande

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  2. Imagem bonita e muito bem escolhida, para
    acompanhar tão belo poema....
    Beijo

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  3. Lindíssimo poema que traduz um enorme inquietude!
    Voltou para mim é muito bom!
    Beijo meu!

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  4. Minha querida

    Escreveste e descreveste a angustia de uma vontade que por vezes não pertence ao nosso eu.
    E nem sabes como essas palavras me são familiares.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  5. Um monólogo belíssimo que não só a ti concerne.
    Todas estas interrogações e dúvidas atravessam as mentes de quem não se contenta apenas em viver mas se questiona a cada instante.

    Mais uma vez parabéns amiga Carmen.

    Beijinho

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  6. Olá Flor!
    Poema e imagem que se completam...
    Lindo momento! Parabéns!
    Abraços e bom fim de semana!
    Rosana

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  7. Flor dos Alpes!
    E quem tem esta força nas palavras, não hiberna nunca. Apenas descansa!
    Beijinho

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  8. Flor dos Alpes!
    E quem tem esta força nas palavras, não hiberna nunca. Apenas descansa!
    Beijinho

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  9. Amiga Carmen!

    Desabafo de quem ousa reflectir para além da rotina... que é igual, exactamente a mesma, em tantos outros casos, nem tu imaginas.

    Beijinhos

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  10. Como posso adquirir o seu livro?Tomei conhecimento do seu blogue através da Ná.
    Voltarei sempre que possível.Me registei.
    Bj.Irene

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  11. Eu conheci essa menina
    que não sabe ainda
    a força que carrega em si...

    Ela é uma mulher guerreira
    tem a luz na dianteira
    e sabe que querendo
    será sempre a mesma guerreira.

    A mulher que luta
    pelo que quer
    que atravessa os mares
    para realizar sonhos.

    Minha querida, a vida é tua
    a luta também
    e cada momento da vida
    é um momento
    que se perpetua...

    Tudo de bom te desejo, e não esqueças nunca que o meu abraço estará sempre contigo, independente da distância...sente-o; é a Energia pura de quem só quer o bem de todos.

    laura.

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  12. ai minha nossa que se passa contigo menina????? que poema tão triste é este?????? amiga há que seguir com a vida,há que lutar,nunca desistir. Força e coragem amiga,beijinhos fofinhos,deixo aqui o meu carinho. boa noite minha querida!!

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  13. Belíssimo Texto, embora triste e misterioso. Foto Belíssima também.
    Parabéns Flor
    Beijo
    G.J.

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